I Jornada GSPPA 2022

I Jornada do GSPPA de Pesquisas em Andamento na Pós-Graduação: Antiguidade e Subalternidade

25 de março de 2022 no Auditório István Jancsó - Biblioteca Brasiliana

 

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Transmissão ao vivo:

Abertura e Mesa 1

Mesa 2

Mesa 3

Mesa 4

Conclusões

Comissão Organizadora:

Giovan do Nascimento (Doutorando, PPGHS, USP)

Jessica Brustolim (Mestranda, PPGHS, USP)

Juliana Marques Morais (Doutora em História Social pela USP)

Julio Cesar Magalhães de Oliveira (Docente, DH, FFLCH, USP)

Pedro Benedetti (Doutorando, PPGHS, USP)

Rafael Monpean (Doutorando, PPGHS, USP)

 

Comitê Científico:

Fábio Augusto Morales (UFSC)

Fábio Duarte Joly (UFOP)

Glaydson José da Silva (UNIFESP)

Juliana Marques Morais (Doutora em História Social pela USP)

Julio Cesar Magalhães de Oliveira (Docente, DH, FFLCH, USP)

Renata Senna Garraffoni (UFPR)

 

Apoio:

Programa de Pós-Graduação em História Social da USP

 

Proposta:

A “I Jornada do GSPPA de Pesquisas em Andamento: Antiguidade e Subalternidade” é uma iniciativa do(a)s pós-graduando(a)s em História Social da Universidade de São Paulo vinculados ao grupo de pesquisa “Grupos Subalternos e Práticas Populares na Antiguidade”. O objetivo da jornada, que será um evento híbrido, consiste em discutir pesquisas em andamento realizadas nos programas brasileiros de Pós-Graduação em História, integrando mestrando(a)s e doutorando(a)s que desenvolvem estudos em História Antiga sobre temas e a partir de métodos e teorias importantes para a compreensão do período “a partir de baixo”. Assim, busca-se conferir visibilidade a essas pesquisas e, também, auxiliar seu avanço em jornadas fundamentadas no debate franco de ideias.

O tema escolhido para a primeira jornada, “Antiguidade e Subalternidade”, é amplo, estimulando a participação de pós-graduando(a)s diverso(a)s que trabalham com recortes espaciais e cronológicos distintos, mas que partilham de temas, de métodos e de conceitos importantes para a compreensão das condições de subalternização e das experiências e possibilidades de ação dos grupos subalternos na Antiguidade. Em geral, essa proposta parte de uma convicção partilhada pelo GSPPA e, em particular, pelos seus pesquisadore(a)s em estágio de Pós-Graduação, de que a construção de uma História Antiga “a partir de baixo”, que confere visibilidade e protagonismo aos grupos subalternos, tornou-se indispensável em nosso tempo e, sobretudo, no Sul Global, por dois grandes fatores:

Em primeiro lugar, por romper com as visões elitistas e os modelos normativos que tradicionalmente têm marcado a escrita da História Antiga. Resgatar os grupos subalternos do anonimato, investigar suas práticas e ações em seus termos e condições e compreender seu protagonismo nas transformações históricas são maneiras de escrevermos uma outra História Antiga, mais inclusiva e plural, na qual as aspirações e os sofrimentos dos “de baixo” importam.

Em segundo lugar, no Sul Global, com o estabelecimento dos discursos de extrema-direita, as políticas de austeridade, o enfraquecimento dos mecanismos de proteção aos trabalhadore(a)s e a pandemia da COVID-19, observamos uma crescente precarização das condições dos grupos mais vulneráveis de nossa sociedade. Nesse contexto, o(a)s próprio(a)s pós-graduando(a)s são afetados por um contínuo esvaziamento dos recursos públicos destinados às Ciências, conduzindo-nos a partilhar de uma posição epistemológica que nos estimula a estabelecer reflexões comparativas entre as adversidades enfrentadas pelos mais vulneráveis de nosso tempo e da antiguidade, suscitando uma visão mais empática para com os grupos subalternos do passado que, se bem debatida sob a erudição e o rigor particulares de nosso campo de estudos, pode se tornar bastante frutífera para a escrita de uma História Antiga “a partir de baixo”.

 

Inscrições:

Inscrição para ouvinte (até 24 de março)

Inscrição para comunicador (vagas limitadas, até 25 de fevereiro)

 

Regras para submissão de comunicações:

1) O resumo da comunicação deve conter entre 250 e 500 palavras.

2) O valor da inscrição para comunicador é de 20 reais, a serem pagos após o envio do aceite.

3) Quaisquer dúvidas devem ser enviadas para subalternos@usp.br

4) A comunicação deve se adequar aos eixos temáticos definidos a seguir:

 

A. Relações de Gênero e Subalternidade

O eixo “relações de gênero e subalternidade” pretende promover discussões sobre as relações de gênero em diferentes contextos da antiguidade, debatendo as formas de subalternização estruturadas por essas relações. Dessa maneira, discutiremos tanto as possibilidades de reconstrução das relações de poder que produziram gêneros subalternos nas sociedades antigas, as variações entre elas, quanto seus impactos sobre as subjetividades e as identidades subalternas de gênero. Por outro lado, pretendemos discutir, também, as maneiras como atores subalternizados por essas relações poderiam diminuir, contornar ou subverter sua condição em circunstâncias distintas.

B. Política, Conflito e Participação Popular

O eixo “política, conflito e participação popular” busca promover discussões sobre as formas de participação popular na política e nos conflitos (políticos, sociais, religiosos, etc.) que marcaram as sociedades antigas. Nesse sentido, pretendemos debater a importância do engajamento popular em conflitos bem conhecidos, que marcaram transformações históricas diversas, a exemplo das disputas políticas no final da República Romana. Por outro lado, pretendemos, também, discutir as possibilidades de expansão do próprio conceito de “política” para além de seus aspectos institucionais, colocando em discussão o engajamento popular nas relações sociais do cotidiano, a exemplo dos espaços de circulação da opinião pública, de estabelecimento de laços horizontais entre grupos subalternos e de produção de suas reivindicações, etc.

C. Cultura Material, Práticas e Estratégias Sociais Subalternas

O eixo “cultura material, práticas e estratégias sociais subalternas” visa promover tanto discussões de caráter teórico-metodológico quanto debates sobre questões mais pontuais acerca das práticas e das estratégias sociais subalternas. Nesse sentido, discutiremos, por um lado, a importância da cultura material (as construções e os espaços antigos, os registros epigráficos e numismáticos, as cerâmicas, os mosaicos, etc.) para a investigação dos grupos subalternos da antiguidade, refletindo sobre os limites e possibilidades das fontes que temos. Por outro lado, discutiremos como essas fontes nos permitem compreender aspectos da vida cotidiana e das práticas subalternas, a maneira como se relacionavam entre si e com os seus dominadores, suas formas de expressão, suas relações com o sagrado, seus costumes, etc., bem como as estratégias que poderiam mobilizar para contornar, diminuir ou subverter sua condição de subalternidade.

Programação:

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Dúvidas?

Escreva para subalternos@usp.br.